Buscapé

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Índice de qualidade do ar


Representação gráfica do índice de qualidade do ar na costa este dos Estados Unidos.
O Índice de qualidade do ar (IQA) é um indicador padronizado do nível de poluição do ar numa determinada zona, e resulta de uma média aritmética calculada para cada indicador, de acordo com os resultados de várias estações da rede de medição da zona.[96] Mede sobretudo a Concentração de ozono e partículas ao nível do solo, podendo contudo incluir medições de SO2,e NO2.[97] Os parâmetros dos índices variam de acordo com a agência ou entidade que os define, podendo haver várias diferenças.
A conversão de dados analíticos e científicos num índice de fácil compreensão permite que a população em geral tenha um acesso mais fácil e compreensível da informação. Usualmente é disponibilizada em tempo real a evolução do IQA, especialmente no caso de grandes aglomerados urbanos ou industriais.[98]
É actualmente uma ferramenta muito utilizada em todo o mundo, utilizada como método de controlo da qualidade do ar, assim como meio de divulgação de informação cientifica para a comunidade, de forma facilmente compreensível.
Os dados recolhidos pelas estações meteorológicas são tratados e inseridos em programas computorizadas de modelização de dispersão atmosférica, onde são aplicados modelos químicos e físicos de dispersão para prever o comportamento químico e fisico dos poluentes e da massa atmosférica, recorrendo a modelos cientificamente validados como o CHIMERE. Posteriormente, os dados resultantes das modelizações São estes dados validados que entram em conta para a avaliação global do estado geral do nivel de qualidade do ar, importante para a verificação do cumprimento ou incumprimento das normas e legislação aplicáveis. são cruzados pelos recolhidos pelas estações de medição, sendo então validados ou não, de acordo com o grau de concordância.

Qualidade do ar interior


Residência doméstica com enorme quantidade de fungos.
A qualidade do ar interior (IAQ) refere-se à qualidade do ar no interior e exterior dos edifícios e estruturas, especialmente no que se refere à saúde e conforto dos ocupantes edifício. Debruça-se não só na componente química da composição do ar, mas igualmente na sua composição bacteriológica.
Uma má qualidade do ar interior causa efeitos na saúde humana como dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos, bronquite, gripe, pneumonia, conjuntivites ou, a longo prazo, problemas imunológicos e do sistema nervoso, defeitos congénitos, dificuldades reprodutivas ou cancro, pois estudos apontam para que mais de 90 por cento de um dia normal seja passado em espaços interiores. Como cada pessoa necessita diariamente de cerca de 25 kg de ar, pelo menos 22 kg serão inspirados no seio de espaços fechados.
Nos países desenvolvidos, as pessoas gastam uma média de 80% a 90% do seu tempo em edifícios e interiores de veículos, respirando uma média diária de 15 000 litros de ar. Os mais vulneráveis acabam por isso por desenvolver doenças respiratórias como asma, alergias ou cancro, devido á poluição. Por essas razões as autoridades de saúde e médicos do mundo estão cada vez mais atentos à problemática, que é cada vez mais objecto de estudos da saúde e da ciência.

Conferencias e Protocolos

Protocolo de Quioto


Mapa do Protocolo de Quioto em 2009.
Legenda :
* Verde : Países que ratificaram o protocolo. * Amarelo  : Países que ratificaram, mas ainda não cumpriram o protocolo. * Vermelho  : Países que não ratificaram o protocolo. * Cinzento  : Países que não assumiram nenhuma posição no protocolo.
O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment ReportSundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a em Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil1992). (junho de
O protocolo constitui um passo importante na luta contra o aquecimento global, pois apresenta objectivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito de estufa.
Os gases com efeito de estufa cujos tectos de emissão foram balizados são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonetos (HFC), os perfluorocarbonetos (PFCs) e o Hexafluoreto de enxofre (SF6), sendo que o nível de redução que cada pais deve atingir é diferenciado, em função do seu estado de desenvolvimento e do princípio de "responsabilidades comuns mas diferenciadas".
Nos termos do Tratado, os países devem cumprir os seus objectivos principalmente através de medidas nacionais. No entanto, o Protocolo de Quioto, oferece-lhes um meio suplementar de satisfazer os seus objectivos através de três mecanismos baseados no mercado:[122] o comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa (mercado do carbono), os Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, e os Mecanismos de flexibilização.
Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global
As negociações para a criação de um sucessor do Protocolo de Quioto dominou a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática da ONU, de 2007. Da reunião dos ministros do Ambiente e de peritos, realizada em Junho nasceu um roteiro, com acções calendarizadas e os "passos concretos para a negociação" com vista a alcançar um novo acordo até 2009.
Após as conversações preparatórias realizadas em Bona, Banguecoque e Barcelona, em Dezembro de 2009 realizar-se-a na cidade Dinamarquesa de Copenhaga uma nova ronda de negociações, onde se espera que o sucessor do Protocolo de Quioto seja criado.

Protocolo de Montreal


Simulação da evolução da depleção do ozono sem os efeitos do Protocolo de Montreal.
O Protocolo de Montreal sobre substâncias que empobrecem a camada de ozono é um tratado internacional destinado a eliminar progressivamente a produção de uma série de substâncias que acredita serem responsáveis pela destruição do ozono, protegendo assim a camada de ozono e os problemas associados.
O tratado foi aberto para assinaturas em 16 de Setembro de 1987 e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1989 seguido de uma primeira reunião, em Maio de 1989 na cidade de Helsínquia.
Desde essa data sofreu sete revisões: em 1990 (Londres), 1991 (Nairobi), 1992 (Copenhaga), 1993 (Bangcoque), 1995 (Viena), 1997 (Montreal) e 1999 (Pequim), no sentido de actualizar metas e conhecimentos.[130]
Vinte e sete países assinaram o tratado em 1987, sendo que actualmente conta já com 195 estados que rectificaram o acordo, e acredita-se que se o acordo internacional for cumprido, a camada de ozono deve recuperar em 2050.
Devido à sua adopção e implementação tem sido saudado como um exemplo de cooperação internacional excepcional, ao ponto de Kofi Annan teria afirmado que é "talvez o único acordo internacional de grande sucesso até à data".

Conferencia de Copenhaga

A XV Conferência Internacional sobre Mudança Climática, teve lugar em Copenhaga entre 7 e 18 Dezembro de 2009. Esta conferência foi organizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), que organiza conferências anuais desde 1995. O seu intuito seria preparar os objectivos futuros para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
A rodada de negociações para preparar a Cimeira de Copenhaga começou com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Bali de 3 a 15 de Dezembro de 2007. Outras reuniões foram realizadas em 31 de Março - 4 de Abril de 2008, em Banguecoque (Tailândia) e de 2 a 13 de Junho de 2008, em Bona (Alemanha).A terceira conferência do clima realizada em Acra (Gana). A reunião, onde mais de 1.600 participantes de 160 países estiveram presentes, teve lugar de 21 a 27 de Agosto de 2008. O objectivo desta ronda de negociações, organizado pela ONU, prendia-se com a preparação de futuras metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), tendo suscitado altas expectativas que foram goradas, originando somente um pequeno texto, muito aquém dos resutlados esperados, e tendo por isso sido declarada como um fracasso e desilusão.
A poluição atmosférica é geralmente concentrada em áreas metropolitanas densamente povoadas, especialmente nos países em desenvolvimento onde as normas ambientais são menos restritivas ou inexistente. No entanto, mesmo os países desenvolvidos e com normas e legislação ambientais avançadas se pode verificar níveis elevados de poluentes atmosféricos.
Grande parte da poluição atmosférica em ambiente urbano é proveniente directa ou indirectamente do sector dos transportes, embora enquanto nos países desenvolvidos a legislação tenha tendência a limitar a capacidade poluente dos mesmos, e a afastar as industrias potenciadoreas de poluição, nos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, tal situação não se verifica, sendo por isso mesmo que as metrópoles mais poluídas situam-se tendencialmente em zonas fora do chamado mundo desenvolvido.

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